terça-feira, 19 de março de 2013

Kris Kristofferson - "Sandinista"



Como publiquei no post anterior um texto de Luis Sepúlveda acerca do Papa Francisco, convém referir que os livros que li deste autor, me marcaram. Por exemplo em "Nome de Toureiro", é evidente a influência da sua própria vida, em tudo o que ele descreve. Ele pertenceu à Brigada Simon Bolívar, que lutou ao lado dos Sandinistas na Nicarágua. Essa Brigada é parte integrante da história fascinante de "Nome de Toureiro". Já escrevi sobre os Sandinistas num post antigo com música dos Censurados... Por isso não me vou repetir.
Dedico este tema de Kris Kristofferson a Luis Sepúlveda, porque ele me proporciona um universo literário mais rico e muito original. Tema que faz parte do álbum "Third World Warrior" de 1990.

Kris Kristofferson - "Third World Warrior" (1990)
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"O velho Franz levou uns bons anos a quebrar a resistência da viúva e quando, por fim, numa curta noite de Verão, conseguiu ser aceite entre os seus lençóis, descobriram os dois que as suas vidas estavam excessivamente impregnadas de recordações que obrigam ao silêncio e que a única coisa que podiam fazer juntos era tentar construir recordações novas, limpas da infecção da distância e que, quando se conseguem, oferecem o mais cálido dos amparos. Como isso leva tempo, decidiram-se por uma relação entre gringo sozinho e governanta a viver fora, o que a mulher legitimava tratando-o invariavelmente por senhor."
Luis Sepúlveda, "Nome de Toureiro", 1994.

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"O Rosário, de Florence Barclay, continha amor, amor por todos os lados. As personagens sofriam e misturavam a sorte com os sofrimentos de uma maneira tão bela que se lhe embaciava a lupa de lágrimas.
A professora, não de todo de acordo com as suas preferências de leitor, permitiu-lhe que levasse o livro, e com ele regressou a El Idilio para o ler mil e uma vezes diante da janela, tal como se dispunha agora a fazer com os romances que o dentista lhe trouxera, livros que esperavam insinuantes e horizontais em cima da mesa alta, alheios à desordenada olhadela a um passado em que António José Bolívar Proaño preferia não pensar, deixando os poços da memória abertos, para os encher com as venturas e os tormentos de amores mais prolongados que o tempo."
Luis Sepúlveda, "O Velho que Lia Romances de Amor", 1989.

3 comentários:

  1. interessantes excertos de livros, nunca li nada do referido autor fiquei curiosa!

    Beijocas, Hugo!

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  2. Um dos mais maravilhosos livros que li "O Velho que Lia Romances de Amor".
    Bonita homenagem Hugo.

    beijinho

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  3. Hace tiempo que te sigo, y estoy de celebración en mi blog, porque somos 200 seguidores, es por eso que he venido a invitarte a celebrar conmigo, y os he dejado un regalito a los que siempre estáis a mi lado.

    Pásate a buscarlo, encontrarás muchas sorpresas.

    http://relatosfantasiaelfos.blogspot.com.es/2013/03/estamos-de-celebracion.html

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