domingo, 14 de outubro de 2012

Bandex - "Um futuro pior"



Ontem houve mais uma Jornada de Luta, com o fim da Marcha contra o Desemprego promovida pela CGTP, e aconteceram Manifestações Culturais e Populares por todo o país, para dizer não à austeridade selvagem que nos está a ser imposta. Eu estive na Marcha da Intersindical e depois na Praça de Espanha onde se viveu um dia diferente... Vários músicos, actores, dançarinos, passaram por aquele palco para expressarem a sua indignação em relação ao que se passa no nosso país. Quando lá cheguei fui mesmo a tempo de ver e ouvir Mário Mata com dois temas emblemáticos : o "Não há nada pa ninguém" e o "Já fomos enganados". Foi um bom começo para mim, mas os concertos e intervenções já haviam começado há uma hora e tal. Depois (e não exactamente por esta ordem) assisti à voz muito característica de Francisco Fanhais, ouvi Samuel, Francisco Naia, Janita Salomé, Zeca Medeiros, Brigada Victor Jara, Filipa Pais com Carlos Mendes e mais uns músicos amigos, Chullage com Hezbollah e LBC, A Naifa, Diabo na Cruz, Jazzafari Unit e Corações de Atum do grande Manuel João Vieira (em parte desta actuação estive à conversa com Carmelinda Pereira do P.O.U.S., revolucionária à maneira dela como sempre foi...). Ainda assisti aos fantásticos Homens da Luta, ao Punk sempre irresistível dos Peste & Sida, a um Camané acompanhado pelos Dead Combo, aos muito populares Deolinda, e por fim ao Coro "Acordai" que interpretou maravilhosamente o dito tema "Acordai" ( música de Fernando Lopes Graça, poema de José Gomes Ferreira), Coro esse que também cantou com toda a gente o "Grândola Vila Morena" do Zeca. Os Rádio Macau apresentaram-se sem a Xana e com o Flak a cantar os temas. Os Kumpania Algazarra e os Farra Fanfarra tocaram no meio da multidão. Os interlúdios musicais entre actuações foram feitos com músicas do Sérgio Godinho, Zé Mário Branco e Zeca. Lá pelo meio, Paulo Furtado (The Legendary Tiger Man) leu um excerto de "A Desobediência Civil" de Henry David Thoreau. Vera Mantero dançou ao som da contestação popular contra a austeridade. Três actores disseram textos de Mário-Henrique Leiria, terminando com o meu querido "Rifão Quotidiano", cuja última parte até foi musicada por eles. E deixo para o fim a referência ao grupo Bandex, que surpreendeu toda a gente que não os conhecia. Tocando com estes samplers e outros que tais, e tendo a ajuda visual de um ecrã onde apareciam estas imagens, foram um dos momentos musicais mais surpreendentes da tarde/noite.
Terminada toda aquela estimulante contestação cultural e popular, ainda fui um bocado ao Bairro Alto e depois ao Cais do Sodré (era evitável este prolongamento da algazarra, até porque hoje estou deveras e estupidamente cansado, apenas e só por causa deste prolongamento).
    

3 comentários:

  1. Hugo, um dia e uma noite em cheio! :D

    beijinhos

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  2. Olha quem voltou...
    Olá, keep going!
    Beijo

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  3. Não gosto da Carmelinda! Faltava dizer isto!

    Vou tentar dormir, mas hoje não vai ser fácil.

    Beijo.

    A Ruiva das botas vermelhas




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