sábado, 11 de outubro de 2014

Camané - "A minha rua"



Vamos lá então despachar isto para minha memória útil.
Dia 7 de Setembro, Festa do Avante 2014.
Cheguei a tempo de assistir ao final da actuação de Rock Luso no Palco Solidariedade. Ouvi a versão estimulante de "Sol da Caparica" dos Peste & Sida.
Segui para o Palco 25 de Abril, onde os Mind da Gap convidaram Sam The Kid e Valete para uma celebração hiphopiana...
A diversidade da Festa levou-me até ao Auditório onde Luísa Amaro foi acompanhada pelo clarinetista Gonçalo Lopes, pelo pianista italiano Enrico Bindocci, por António Eustáquio no Guitolão, e pela cantora cipriota Kyriacoula Constantinou.
Ainda no Auditório, deixei-me levar pelo jazz de Luís Figueiredo e do seu Quinteto Lado B, ao lado de Camané, que comigo assistiu a esta actuação (sem saber que comigo assistia).
No ringue desportivo puxei pela equipa da Academia do Sporting da Cova da Piedade, que perdeu a final do Torneio da Festa com o Alfarim.
Enquanto decorria o comício, fui espreitar as meninas do Roller Derby que faziam o aquecimento no polidesportivo.
Mas não me deixei contagiar pelas vestimentas daquele hóquei diferente, e desci até ao Auditório para presenciar a magia estimulante de Pedro Jóia Trio. Acompanhado por João Frade no acordeão e Norton Daiello no baixo, Pedro Jóia encantou até às nuvens com toda a sua técnica e sabedoria sensível, a que assistiram na primeira fila sentadas (no chão): a galega Uxía acompanhada pela brasileira Luanda Cozetti.
Sem estar à espera, ouvi a fadista Carla Pires que não conhecia, como aperitivo para o grande Camané. Mais uma vez presenciei à transfiguração de uma pessoa baixinha, em alguém que se agiganta quando sobe ao palco, para representar em todo o seu esplendor a sua Arte! O tema que publico pertence ao álbum "Na linha da vida" de 1998. Trata-se do único cd que tenho de Camané, numa altura em que ouvia bastante fado, até para minha surpresa...

Camané - "Na linha da vida" (1998)

E quando já pensava que ia para casa, eis que me apareceram no Palco do Café-Concerto, um conjunto de personagens estranhas que me conquistaram de imediato pela sua sonoridade. Projecto Bug é o seu nome, e divertidamente fizeram-me viajar quando pensava que estava morto de energia. Funcionaram como uma espécie de pilhas reabilitadoras de um Ser moribundo e ansioso por uma cama reconfortante.
Para o ano há mais...
Viva a Festa do Avante!

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