Beatriz Costa - "Arre, Burro!"

Na última sexta-feira, o roteiro da Sic "Ir é o melhor remédio", mostrou-nos um espaço novo num Algarve diferente daquele a que estamos habituados. Turismo rural em Portimão com Burros Mirandeses! Acontece que o fim de semana passado, estive com os donos desta fazenda no aniversário da minha irmã. Joguei à bola, feito louco (no fundo eu sou uma criança), com um dos miúdos que aparece na reportagem a conduzir um daqueles burros. Família simpática cuja matriarca é Amiga da minha Mana há imensos anos! Caso não tenham visto este programa, deixo-vos a morada electrónica onde o podem ver.

 http://sicnoticias.sapo.pt/programas/ir/2014-08-08-ir-e-o-melhor-remedio-no-algarve

Burro Ville em Portimão

Isto de falar em Burros leva-nos muito longe. Para já, há esta música deliciosa da Beatriz Costa, que faz parte de um imaginário que não é do meu tempo. Mas eu lembro-me de ver esta estrela do teatro e do cinema português, sentada na sala do Hotel Tivoli, junto aos vidros que dão para a Avenida da Liberdade. Eu passava ali, naquela hora, rumo à minha querida Cinemateca, e era fascinante observar, mesmo que por escassos momentos, a grande Beatriz Costa sentada a poucos metros de mim, do outro lado do vidro.
Este tema que publico, pertence a uma peça de teatro de revista com o mesmo nome, que estreou no ano de 1936.

Também em 1936, Beatriz Costa fez parte de um filme estreado no Cinema Tivoli, filme do qual me habituei a ouvir falar nas conversas com os velhos cinéfilos da minha querida Cinemateca. Trata-se de "O Trevo de Quatro Folhas" realizado por Chianca de Garcia, obra de que não existe qualquer cópia disponível. Contavam-me os velhos cinéfilos, que teria desaparecido no incêndio de 1981, e contavam-me isto com os olhos húmidos de pena por não poderem rever um filme que fazia parte das suas memórias afectivas. É evidente que podemos rever esta grande actriz em diversos filmes muito conhecidos, mas eu já cheguei a sonhar que uma cópia de "O Trevo de Quatro Folhas" tinha sido encontrada e projectada! Quando acordei foi uma desilusão...

"Arre, Burro!" pode ser ouvido nestas três compilações.

Beatriz Costa (compilação) (edição da EMI) (1977)

Beatriz Costa (compilação) (ed. Círculo de Leitores) (1978)

Beatriz Costa (compilação) (edição Tugaland) (2007)

"Sempre tive uma linda voz para pendurar balões!"
                                                  Beatriz Costa