terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Miles Davis - "So What"



Está frio e estou com dificuldade em aquecer-me.
Que saudades do calor, c......, f...-..!

Mas quando pensamos que não aguentamos, ouvimos de novo este "So What" do Miles Davis e acreditamos que o mundo, afinal de contas, ainda vale a pena! Ai, nossa Senhora de Aljustrel! Uma nossa Senhora inventada por mim, como bem sabe o meu sobrinho que já me topa! Ele fez 14 anos, já! No dia 30, passado. Tem o mesmo signo do tio, pois então! E por acaso o gajo (o meu sobrinho) também toca piano! E joga à bola numa escolinha do Sporting, orientada pelo Nelson, aquele lateral direito que o Bobby Robson adorava e eu também! Como o meu sobrinho não lê o meu blog, posso-vos dizer que a minha prenda para ele, é um álbum lindo cheio de tiras do Garfield de Jim Davis! Ainda não lhe ofereci a dita prenda, porque a Festa de Aniversário teve que ser adiada. Assim, calculo que se junte o Aniversário ao Carnaval, e o palhaço de serviço que sou eu, agradece. Posso apresentar-me de cabeleira colorida e nariz vermelho, yesssssss! Voltando ao vídeo que publico, para além de Miles Davis no trompete, há John Coltrane no Saxofone, e ainda para me encantar por completo, um contrabaixista que me tira do sério! O meu eterno fascínio por quem sabe tocar baixo ou contrabaixo, fabulasticamente! Neste caso, trata-se do fabuloso Paul Chambers!... Tema que faz parte do álbum "Kind of Blue" de 1959.

Miles Davis - "Kind of Blue" (1959)

Mas ainda não fico por aqui. Lembrei-me de um poema muito curioso do João Lopes. Sim, esse mesmo, que é crítico de Cinema! O poema chama-se "Jazz e Algumas Árvores". Pois aqui vai!

JAZZ E ALGUMAS ÁRVORES

     Quando Miles Davis começou a usar electricidade nos seus concertos, os vigilantes do gosto e das passagens de peões ergueram um clamor de revolta contra a heresia. Foi na altura em que anunciaram o plano de defesa das árvores nas traseiras da minha casa. Um dia, veio um ministro sem pasta e um secretário de uma cultura qualquer dizer-nos que tinham assinado um protocolo com a natureza, as raízes e as nuvens. E que já podiam decretar o início do Outono quando quisessem. Depois, começaram a aparecer os gatos errantes e alguns cães mortos pela manhã. Passava um esquilo numa dessas manhãs. Perguntei-lhe pelos outros, disse-me que pegaram em armas para repor o direito dos pássaros a cantar os mortos. Desde que tinham passado a viver dentro de uma fábula, havia muito sangue e cadáveres.
                                                                                           João Lopes, "Poemas de Guerra" (2002)


Acho que estou a ficar constipado!
beijos & abraços contaminados.

3 comentários:

  1. ADORO jazz! Miles Davis, dos meus preferidos! não me canso...
    ficaria aqui mais tempo e a desfrutar repetidamente a músca se não fosse as horas...
    olha, adorei este post e a música levo-a comigo, deixei os beijos e abraços contaminados :-)

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  2. Muito bom!

    Não queres vir cá a casa de cabeleira colorida e nariz vermelho fazer o palhacinho?? O meu filho agradecia!

    Gosto muito do frio, sorry não posso evitar, sou de uma terra fria...
    As melhoras, tens de estar operacional para a festinha do teu sobrinho!

    Big kiss

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  3. Com o frio que tem estado nem apetece sair de casa mas quem tem de trabalhar lá terá que ser! e depois do jantar sentar no sofá e ouvir uma boa música sabe mesmo bem. Não sou muito apreciadora de jazz mas oiço de quando enquanto.
    Bjs

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