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Pedro Osório(1939-2012) fala com os músicos no fosso de orquestra |
Comecemos pelo fim. Pelo fim de uma vida cheia de música que nós vamos continuar a ouvir. Pedro Osório morreu ontem, vítima de cancro. Maldita doença que nos tem levado tanta gente boa!
Se forem ao seu site (http://www.pedro-osorio.com) podem ver que ele nos diz o seguinte: "Sou pianista, chefe de orquestra, produtor musical e compositor, sendo esta última a minha actividade principal". Faz também referência ao seu hobby preferido, o xadrez, que tem uma página própria. Podem também ler alguns textos que estão publicados numa "espécie de blog", como ele diz. Curiosidades para conhecer melhor esta figura marcante do (ainda) nosso Portugal.
A sua música ficará para sempre.
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Tenho que descobrir se vendem cá isto, e comprar umas dúzias de caixas! |
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Os bombons que ainda não tinha provado são aqueles 4 ali do meio |
Este Natal ofereceram-me bombons, como tem acontecido noutros Natais, e ainda bem. Mas desta vez apareceram uns malandros entalados entre os Ferrero Rocher e os Mon Chéri, que para mim foram uma completa surpresa! Têm um recheio líquido de café, o que para quem é viciado nesta bebida como eu, provoca orgasmos gostativos fantásticos. O único senão é que nunca vi por cá estas caixas (como da primeira imagem) à venda, para proveito meu.
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Cartoon de Henrique Monteiro |
O presidente do conselho de administração da Jerónimo Martins (JM), Alexandre Soares dos Santos, diz, em entrevista ao Expresso a publicar no sábado, que a decisão de transferir a Sociedade Francisco Manuel dos Santos, que tem 56% da JM, para a Holanda, ficou a dever-se à falta de estabilidade fiscal em Portugal.
É evidente aos olhos de todos que isto só acontece para benefícios fiscais.
Contudo, confesso que me provoca algum riso toda esta indignação dos mais variados comentadores e políticos da direita à esquerda. Como se estas "coisas" não se passassem há tantos anos neste mundo liberal e de capitalismo selvagem. No ano passado, Alexandre Soares dos Santos transformou-se no segundo homem mais rico de Portugal, só atrás de Américo Amorim. A fortuna pessoal do presidente do conselho de administração da JM cresceu tanto, que podemos depreender que a crise não o afectou. Os seus defensores dizem que esse crescimento brutal se deve sobretudo aos negócios na Polónia. Seja como for, o homem parece que quer mais. Ainda não lhe chega para a vidinha que tem, e deslocaliza a sede para a Holanda numa altura de grandes sacrifícios de quase todos os portugueses. Só não percebo o seu sempre enfatuado moralismo quando fala dos problemas nacionais e de patriotismo. Ainda não há muito tempo, lembro-me de uma entrevista onde ele afirmava que procuraria sempre manter a sede por cá, porque sente um enorme orgulho em ser português. Mas também disse que era constantemente pressionado pelos accionistas para fazer esta deslocalização, que aparentemente ele não queria.
Eu trabalho numa fábrica que pertence ao grupo Jerónimo Martins. Durante a semana, estive no turno da manhã e hoje vou trabalhar no turno da noite. Como as coisas estão, parece que até já é bom ir trabalhando, mesmo em condições precárias. Depois do trabalho, de manhã, em vez de ir logo para a cama, sou capaz de passar pelo Pingo Doce para comprar produtos que preciso e assim continuar a ajudar, modestamente, ao crescimento da fortuna pessoal do homem de quem se fala. Para quem ainda não tivesse reparado, é o mundo onde vivemos.
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A minha agenda de 2011 |
Para terminar este post, e como estamos no princípio do ano, vou falar de agendas. Há alguns anos que as uso, e procuro que elas me ajudem a suportar este dia a dia tão absurdo que me tem esperado. Assim, uso agendas que me dizem algo todos os dias, com excertos interessantes das mais variadas obras. O ano passado servi-me de uma agenda com excertos de textos do Fernando Pessoa, numa edição da 7 Dias 6 Noites. A ilustração da capa que serve para ilustrar também o resto da agenda é de Bruno Balegas.
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A minha agenda de 2012 |
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Este ano uso o "Diário" editado pela Assírio & Alvim, com excertos de textos dos mais variados autores, para me acompanharem todos os dias.
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Associação Cultural de que eu fui sócio |
A associação Abril em Maio através das Edições Salamandra, publicou entre 1994 e 1999, os Cadernos do Elefante, que eram exemplares no género destes que referi anteriormente. Como na altura não usava agenda, dei estes cadernos a Amigos meus, mas nunca os comprei para mim. Tenho pena que assim fosse.
Por uma qualquer razão patética, que já não tenho tempo de resolver, aparece-me parte do texto com fundo branco (???). Depois emendo isto!!! Agora tenho que ir trabalhar!