sexta-feira, 30 de setembro de 2011

José Mário Branco - "Remendos e côdeas"



 Ora aqui está uma música difícil de passar, nos dias de hoje, na (ainda) televisão pública. O Zé Mário com a conjugação musical da revolta & ironia que só ele consegue ter.

"Nós não precisamos só desse remendo/ Precisamos do casaco por inteiro/ Nós não queremos ficar só com essa côdea/ Precisamos de comer o pão inteiro/ Não nos basta que o patrão nos dê trabalho/ Precisamos de mandar nas oficinas/ Nos campos e nas minas/ No poder de Estado/ Disso é que precisamos"

"Mas o que é que essa gente
Tem para oferecer?
Remendos e côdeas!"

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Gabriel O Pensador - "Até quando?"



 "Muda, muda essa postura. Até quando você vai ficando mudo? Muda que o medo é um modo de fazer censura. Até quando você vai levando? (Porrada! Porrada!) Até quando vai ficar sem fazer nada? (...) Até quando vai ser saco de pancada?"
(...)
"E querem que eu seja educado, que eu ande arrumado, que eu saiba falar. Aquilo que o mundo me pede não é o que o mundo me dá. Consigo um emprego, começa o emprego, me mato de tanto ralar. Acordo bem cedo, não tenho sossego nem tempo pra raciocinar. Não peço arrego, mas onde que eu chego se eu fico no mesmo lugar?"
(...)
"Muda, que quando a gente muda o mundo muda com a gente."

Tema do álbum "Seja você mesmo Mas não seja sempre o mesmo" de 2001.

Censurados - "Angústia"



 ANGÚSTIA
"Viver acorrentado/ viver sem saber para quê/ correr sempre em frente/ correr para um sítio diferente/ estou perdido neste mundo/ estou perdido/ o que faço aqui?/ quero-me ir embora/ mas não sei para onde ir/ quero ter uma vida nova/ neste mundo quero existir/ Angústia/ para onde vou?/ não sei nem me interessa/ quero partir/ não quero viver à pressa/ esta minha angústia/ que eu tenho de viver aqui/ por isso temos de mudar/ todas as coisas que nos fazem sofrer/ quero-me ir embora/ mas não sei para onde ir/ quero ter uma vida nova/ neste mundo quero existir/ Angústia".

Primeira música do primeiro álbum de Censurados, editado em 1990. Trata-se apenas da melhor banda de Punk Rock que existiu em Portugal. Os seus temas continuam com uma frescura desconcertante!

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Ramones - "Poison Heart"



 "Poison Heart" é um tema editado pelos Ramones em 1992 no álbum "Mondo Bizarro". Este é o primeiro disco de estúdio dos Ramones em que o baixista C.J. Ramone participa, substituindo Dee Dee. Curiosamente o antigo baixista assina alguns temas deste álbum, e um deles é este "Poison Heart".

"I just want to walk right out of this world,
  'cause everybody has a poison heart."

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Bangles - "Manic Monday"



 Música editada pelas Bangles em 1985, tema composto por Prince com o pseudónimo de Christopher.

"C'mon honey, let's go make some noise!...
  Time it goes so fast
  when you're having fun."

domingo, 25 de setembro de 2011

Os Pontos Negros - "Conto de Fadas de Sintra a Lisboa"



 Eu descobri Os Pontos Negros no My Space muito antes deles editarem este disco fantástico! Lembro-me que fiquei pasmado com aquilo e que os ouvi vezes sem conta nas semanas seguintes. Algum tempo depois compro o "Magnífico Material Inútil" e confirmo que não me enganei... Eles são mesmo muito fixes e merecem toda a nossa atenção. Só tenho pena que em 2009 eu tenha ficado preso nas filas de acesso à entrada no Estádio do Restelo, onde eles abriram para os Xutos juntamente com os Tara Perdida! Não os vi nessa altura nem nunca mais. Mas ouço este disco, repetidamente, em dias que me sinto bem com o mundo.
Vídeo fantástico realizado por Vasco Viana.

sábado, 24 de setembro de 2011

Adriano Celentano - "24 mila baci"



 Para comemorar as 24000 visitas ao meu blog, lembrei-me deste delicioso "24 mila baci" de Adriano Celentano, tema gravado em 1961. Riam-se, por favor, porque eu também me rio sempre que vejo este vídeo. Mas rio-me por respeito a uma década fascinante na História do Cinema. A melhor década de toda a História do Cinema... em Itália... e no mundo.
24 mil beijos para tod@s as minhas seguidoras, 24 mil abraços para todos os meus seguidores!
Continuem por aí!

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Júlio Resende (1917-2011)

Júlio Resende
Morreu ontem Júlio Resende com 93 anos. Um dos pintores portugueses que eu mais admiro. Artista com uma obra imensa em qualidade e quantidade. Difícil de catalogar, como eu gosto que sejam os Artistas. Difícil de pôr o rótulo por aqueles que adoram rotular tudo, como se tudo fosse lata de sardinha. A Obra que ele nos deixa vai desde a Banda Desenhada e Ilustração até à Pintura mais sublime nas mais diversas técnicas. Tudo sempre criado e apresentado com a maior simplicidade. Obra de uma riqueza tal, que tem que ser mais estudada e divulgada em detalhe. Há tanto para descobrir na imensa Obra deste Homem. É sem dúvida, um dos casos mais fascinantes na Arte Portuguesa. Deixo-vos aqui três exemplos de BD, porque se trata de uma faceta menos conhecida de Júlio Resende.

Prancha de BD assinada por Dyas (Júlio Resende Dias), reproduzida na revista "O Papagaio", 1942
BD , técnica mista sobre papel, 1945. Clique na imagem para ampliar
BD, técnica mista sobre papel, 1945, clique na imagem para ampliar
"Praça de Paris", Tinta da China, 1945
Aquarela, "Fontainhas", 1946
"Conjunto Feminino", 1952
S/Título, 1956
"Mesa, não como tantas..."
Ilustração in "A Noite de Natal" de Sophia de Mello Breyner Andresen
Pequeníssima amostra da Arte de Júlio Resende, Obra fascinante que nos deixa para nos deliciarmos.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Editors - "Munich"

 Os Editors dizem tudo sem dizer quase nada.
Vi este grupo no Pavilhão do Restelo em 2007, e no Campo Pequeno em 2008 e 2009. Não são nenhuma especialidade ao vivo, mas conseguem sempre criar um ambiente propício para a actuação resultar. Há uma amiga minha que diz que eu só vou aos concertos deles por causa das t'shirts. É verdade que o merchandising dos Editors é de muito bom gosto e de óptima qualidade, caso raro neste mundo dos concertos. Mas também é verdade que eles criaram um espaço próprio, numa alternativa que cada vez mais se torna mainstream. Eu gosto dos discos dos Editors, gosto dos concertos que eles dão, mas isso não quer dizer que os ouça sempre. Depende dos dias. Depende da disposição alternativa. Parece-me que se eles vierem tocar de novo a Lisboa, eu vou de novo vê-los... E provavelmente comprarei mais umas t'shirts Editorianas...

Fotografia de Garvin Nolte
Por questões que me ultrapassam, pela primeira vez não consegui publicar este vídeo aqui no blog. Assim deixo-vos a morada , que podem "copiar e colar" prontamente no endereço, para ouvirem e verem no You Tube.

http://www.youtube.com/watch?v=3BGRKu1i6q0

Espero que gostem.
Beijos & Abraços.

sábado, 17 de setembro de 2011

Legião Urbana - "Eduardo e Mônica"



 Nos 25 anos da edição de "Eduardo e Mônica" dos Legião Urbana, a operadora Vivo decidiu fazer esta homenagem deliciosa a uma das músicas mais  encantadoras do rock brasileiro.
A realização do filme é de Nando Olival.


"O Eduardo sugeriu uma lanchonete, mas a Mônica queria ver o filme do Godard."  
 in "Eduardo e Mônica", Legião Urbana (1986)

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

The Rabble - "Friday Night"



 Sexta-Feira ao som de Punk Rock da Nova Zelândia, para agitar a noite que continua muito quente.
Punk Rock para a carola ! Energia para o dia a dia.
Oi Oi Oi !!!
Bom fim de semana!!!

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Arctic Monkeys - "505"



 Continuando ainda na saga da comemoração dos meus seguidores, agora que ultrapassei os 505, deixo-vos com este tema dos Arctic Monkeys, num vídeo realizado por Jason Yore, com direito a citação do grande Jean-Luc Godard, como que servindo de epígrafe.

E para não pensarem que o meu blog está a ficar muito sério, uma preciosidade encontrada num supermercado perto de si.
(Eu sei que esta foto já tem uns anos, mas não resisti).



 Ao que parece, estamos no regresso às aulas para muitos estudantes, por esse país fora. Com a odisseia própria de muitos professores em arranjar colocação e, desta vez,  muitos alunos também com esse problema, devido à transferência de muitos deles para o ensino público... Sinais evidentes da crise que se agrava cada vez mais...

Eu não sou apreciador de vinho tinto, mas este Monte Velho é dos poucos tintos que consigo beber.
Nunca o regresso às aulas foi tão divertido...

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

The Proclaimers - "I'm Gonna Be (500 Miles)"



 Continuando no festejo pela ultrapassagem dos 500 seguidores no meu blog (yeaaah), lembrei-me desta banda escocesa com dois irmãos gémeos, o Charlie e o Craig Reid, involuntariamente cómicos na interpretação dos seus temas, e que ficaram conhecidos principalmente por este "I'm Gonna Be (500 Miles)" de 1988. Sim é verdade, afinal não são só os irmãos Reid dos Jesus & Mary Chain a ficarem na História da Música... Estes manos Reid tiveram a sorte deste tema pertencer à banda sonora do filme "Benny & Joon" de 1993, o que proporcionou um enorme sucesso da música nos E.U.A. Os excertos que se vêem no vídeo pertencem a esse filme.

Reverend Horton Heat - "Galaxy 500"



 Ultrapassei os 500 seguidores! Yeaaah! Para comemorar, Reverend Horton Heat com este "Galaxy 500", que para quem não saiba, trata-se de um Ford fabricado entre 1959 e 1974. Segundo o que se ouve na letra da música, o Ford deste Reverendo é de 1973. Para ser ainda mais preciso, estes Fords chamam-se Galaxie 500, mas certamente por questões de marcas registadas, a música é "Galaxy 500".
Boas energias para que me continuem a seguir nesta aventura blogueira.

domingo, 11 de setembro de 2011

X-Wife - "Heart of The World"



 Os X-Wife são um grupo que eu aprendi a gostar. Também é certo que a qualidade que têm hoje não é a mesma de outros tempos. Mas as músicas antigas ganham com isso. Eu fui-me encontrando com eles em primeiras partes de concertos que ia ver. Arctic Monkeys em 2007 no Coliseu de Lisboa; Cansei de Ser Sexy em 2008  no mesmo sítio. Recentemente voltei a vê-los, no SBSR e agora no Avante. Há uma indiscutível evolução, e ao vivo têm sempre um som muito bom! Eu adoro esta música e este vídeo que publico. Tema que faz parte do álbum "Are you ready for the blackout?" de 2008. Eles têm um novo disco, "Infectious Affectional" que ainda não ouvi. Com esta evolução, espero que durem muito tempo.
Trata-se de um grupo muito influenciado por sons de N.Y.
Post publicado nos 10 anos dos atentados do 11 de Setembro de 2001. Estava eu a almoçar no Restaurante Egas Moniz em Fafe, de Férias, enquanto ajudava a namorada da altura a vender as suas peças na Feira de Artesanato da Região. Toda a gente se lembra onde estava na altura destes atentados.
Tenho saudades de ter noites como esta, do vídeo.

"It's not about anything, anyone at all
It's just that now we feel so small in the heart of the world"
                                              X-Wife in "Heart of the world"


Beijos & Abraços.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Ed Sheeran - "The A Team"



 Como é que alguém que toca guitarra de forma tão básica, consegue fazer uma música como esta? É das coisas simples que nascem as obras mais surpreendentes. O Ed Sheeran é o rapaz que por momentos troca algumas palavras com a protagonista deste vídeo, no minuto 1:20. Para ser sincero, não sei o que é melhor : se a música, se o vídeo incrível realizado por Ruskin Kyle.

"...the worst things in life come free to us..."
                                  Ed Sheeran in "The A Team"

Hoje, mais uma vez, quando ia a caminho do supermercado, houve vários carros que não pararam com o semáforo vermelho (isto acontece todos os dias sem excepção). Que gente é esta tão pacóvia, tão triste, tão deprimente, tão cheia de pressa para chegar a lado nenhum? Poderia, por causa deles, já não ver a gatita morta na estrada , uns metros mais à frente. Vamos depreender que era uma gatita, visto que eu sempre tive gatas, só por isso. Gatita livre, Gatita anónima. Porventura abandonada por algum imbecil, e talvez por isso pouco habituada à malvadez dos carros que passam. Eu revi-me naquela gata.
Gatita, esta música é para ti.

"Ascendo
À luz
Para que saibas
Que sou sem luz"
Gilda Nunes Barata in "A luz negra no seu roxo amanhecer"

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

The Underdogs - "She is La"



 Ainda nos resquícios da Festa do Avante, uma das boas surpresas foi este grupo de Aveiro com um Rock and Roll que incendiou um pouco a assistência, por si só já bastante quentinha, apesar do (ainda) começo da tarde. Como disse no post anterior, tocaram por entre os temas originais, uma versão muito bem conseguida do "Lust for Life" de Iggy Pop.
Este vídeo foi realizado por Nuno Barbosa.

Tim - "Melhor Amigo"



 Como se sabe pelo último post, fui à Festa do Avante no fim de semana. É curioso que esteja a escrever, pela primeira vez, sobre isto aqui no blog, visto que só tenho este espaço desde Outubro de 2010.  A Festa é sempre em Setembro, e assim partilho com vocês uma loucura muito saudável e empolgante na qual costumo participar. Quando aquilo acaba, fica-se com uma sensação de vazio, afinal toda aquela confusão mexe com as pessoas. Quem já passou por aquele fervor nunca fica igual depois de lá sair. No meu perfil apresento-me como operário de Esquerda, e é verdade. Desde que tenho consciência política (lá por volta dos 14 ou 15 anos) que sou de Esquerda. Mas nunca tive partido! É certo que sempre votei na área política a que pertenço, mas quando era mais novinho ia a debates de vários Partidos de Esquerda, para ir descobrindo as nuances entre eles. Fui lendo alguns livros que me ajudaram a sustentar a minha ideologia, mas no fundo sou como o Nanni Moretti no "Querido Diário", onde ele diz a certa altura que "...eu, mesmo numa sociedade mais decente do que esta, encontrar-me-ei sempre entre as minorias."
Como já tem sido habitual nos últimos anos, não fui na sexta, como que resguardando toda a energia para sábado e domingo. Na sexta jantei um belo de um bacalhau à lagareiro com uma amiga que já não via há muito... e foi bom.
Sábado cheguei mesmo a tempo de assistir ao concerto para crianças no Avanteatro, dado pela Manuela Azevedo & Hélder Gonçalves, representando o "Disco Voador" dos Clã, nestas apresentações para os mais novos, mas que de quando em vez têm infiltrados como eu... As músicas foram muito bem recebidas pelos petizes (e todos os outros), que foram colocando questões à Manuela por entre os temas. Como curiosidade, a vocalista dos Clã tinha uma t'shirt dos Rolling Stones, indumentária bem diferente do vestido que envergou à noite no concerto do palco 25 de Abril. Toda a gente terminou esta experiência sonora aos saltos com "Asas Delta" : "hei, tenho asas nos pés tenho asas, hei tenho molas nos pés e salto".
Tinha começado da melhor forma a Festa deste ano, que voltou a ter um cartaz muito forte. Infelizmente não pude ver The Poppers que era à mesma hora dos Clã para Petizes, mas vi de seguida os interessantes Sean Riley & The Slowriders no palco maior. Como toda a vivência nestes três dias é feita das coisas mais diferentes possíveis, mesmo na semelhança dessas mesmas coisas, continuou-se numa raiz folk proveniente da Galiza, com um grupo que nos apresenta os ritmos tradicionais galegos, tentando conservar a frescura original desta música muito própria. Chamam-se Quempallou e foi muito giro conhecer aquela sonoridade.
Depois fui dar uma volta pela Festa, fui comer, e comprei uma t'shirt linda dos Ramones, com a ilustração fantástica da capa de "Road to Ruin" feita por John Holmstrom.
De regresso à música ao vivo, fui desta vez até ao Auditório 1º de Maio, esperar pelo Tim & Companheiros de Aventura num espaço completamente cheio e que ficou rendido à magia daquelas músicas, uma das quais podem ouvir no vídeo que ilustra este post. Foi sem dúvida um dos momentos altos da tarde e um dos momentos inesquecíveis da Festa deste ano, com toda a gente a cantar e a sair dali com os olhos brilhantes.
Aproveitando para passear mais um pouco pelo recinto, fui de seguida até ao Espaço Internacional onde podemos contactar com malta vinda de toda a parte do mundo. Podemos também experimentar comida & bebida bastante diversificada, mas convém fazê-lo cedo porque a partir das 19h as filas não são convidativas. É claro que também há muito artesanato, publicações, cds e outras coisas mais para suscitar a nossa curiosidade. É um pouco do mundo que anda por ali.
Até que chegou a hora dos Clã num palco e o Sérgio Godinho no outro. Tive que optar e decidi-me de novo pela Manuela e seus comparsas. As músicas novas e antigas espalharam amor quanto baste pela multidão, e o concerto foi mais uma vez especial, como todos os concertos desta banda.
Por fim, o regresso dos Trovante enquanto grupo e o regresso à Festa que os viu nascer. Confesso que não sou um fã incondicional do grupo, mas estava curioso para ver como é que eles tocavam de novo perante tanta gente. E portaram-se bem. Constata-se que algumas das músicas deles, pertencem de forma muito forte ao cancioneiro português e assim pertencem ao nosso imaginário de forma natural.
No domingo fui mais cedo, como também já é habitual, para poder ver a Exposição da Bienal de Artes Plásticas no Espaço Central e descobrir por exemplo as ilustrações incríveis que Cipriano Dourado fez para o livro "Serranos" de Mário Braga. Mas descobrir também obras de Ana Cassiano, Duarte Saraiva, e João Gago, entre muitos outros.
Neste dia abriram o palco 25 de Abril The Happy Mothers, rock and roll que veio do Porto com um som bem catita, mas seria no Auditório 1º de Maio que logo de seguida iria descobrir um grupo encantador, que também veio da Invicta e que acordaram todo o pessoal ainda ressacado da noite anterior. Não se consegue prever nos seus registos, a energia transbordante que eles põem em palco e que contamina todo o espaço envolvente. Eles chamam-se Pé na Terra e merecem ser conhecidos por esse país fora! (Nessa altura recebi uma mensagem no telemóvel que me pôs um sorriso ainda maior nos lábios, e que me fez prever que aquele dia ia correr muito bem).
De regresso ao outro palco, fui encontrar mais rock and roll bem esgalhado e sonorizado por The Underdogs, que vieram de Aveiro incendiar um pouco o Avante. Por entre os originais ainda se pôde ouvir uma versão muito bem conseguida de "Lust for Life" de Iggy Pop. Entretanto, no Auditório, o jazz de Júlio Resende já se fazia ouvir e eu fui lá espreitar. Mas apetecia-me mais rock, e os X-Wife como não sabem dar maus concertos puseram algum do pessoal a dançar (belo som, mais uma vez).
 Como ainda não tinha passado pelo Palco Novos Valores, estive por lá a ouvir um grupo de que já não me lembro o nome e onde estava o Kalú dos Xutos a assistir, curiosamente o homem passa despercebido por entre a loucura da Festa...
Nos entretantos ouvi uns bocados das canções alentejanas dos 4uatro ao Sul, fui ouvindo e vendo os discursos do Comício, na altura em que param os concertos; e no regresso da música, depressa virei as costas aos Che Sudaka que não me entusiasmaram mesmo nada, e que me fizeram ir à procura de um casaco, porque de repente ficou um fresquinho complicado de aguentar. Já mais agasalhado e depois de encontrar mais pessoal conhecido, procurei um sítio onde pudesse ver os Amor Electro no meio de uma multidão difícil de acreditar... Fiquei a conhecer algumas versões da música portuguesa que eles recriam, e também gostei de ouvir os originais. Mas para fechar a Festa, é sempre óptimo vibrar ao som dos Xutos e cantar bem alto todos aqueles temas. Abriram mais uma vez com o "Sémen" do Zé Leonel (falecido em Abril), e fecharam com "A minha casinha". Depois veio o fogo de artifício & a Carvalhesa, e a sensação estranha daquilo mais uma vez ter acabado. Para o ano há mais loucuras e energias confluentes nas diversas Artes ali apresentadas. Mais uma vez não vi Teatro, não participei nos debates, não assisti à projecção de vários filmes interessantíssimos. Por onde ia passando, ainda pude ver as várias modalidades desportivas : boxe infantil, slide, torneios de futebol no ringue, jogos tradicionais e mais um cem número de actividades. Acreditem, não há mesmo Festa como esta!

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Sarah Vaughan - "September in the Rain"



 Com o dia que teve ontem, com tanta chuva de tarde, lembrei-me desta música composta em 1937 por Harry Warren, com letra de Al Dubin. A interpretação é da desconcertante Sarah Vaughan, juntamente com o seu trio. Segundo a pessoa do Japão que disponibilizou este vídeo no You Tube, trata-se de uma gravação de 1959 na Suécia. Música relaxante em vésperas de Festa do Avante, sem que eu tivesse ainda olhado para o programa.